BPC (LOAS): você pode ter direito a um benefício mesmo sem nunca ter contribuído ao INSS

Mariana Butuhy Zilli • 4 de junho de 2025

BPC (LOAS) é um benefício do INSS pago a idosos e pessoas com deficiência, mesmo sem contribuição. Saiba quem tem direito e como solicitar.

Você sabia que é possível receber um benefício mensal do INSS mesmo sem ter feito nenhuma contribuição?


Esse é o BPC – Benefício de Prestação Continuada, conhecido também como LOAS.


Ele é um direito garantido por lei, mas que ainda é desconhecido por muitas pessoas que já poderiam estar recebendo.


Aqui você vai entender de forma clara quem tem direito, como funciona, e quando vale a pena procurar uma advogada para auxiliar no processo.


O que é o BPC (LOAS)?


O BPC é um benefício assistencial previsto na Constituição Federal e regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). Ele garante o pagamento de um salário mínimo por mês, e é destinado a:


  1. Pessoas com 65 anos ou mais, em situação de vulnerabilidade;
  2. Pessoas com deficiência, de qualquer idade, inclusive crianças, desde que comprovem impedimentos de longo prazo que dificultem a participação plena na sociedade.


🔎 Importante: o BPC não é aposentadoria. Não exige contribuição ao INSS e não gera 13º salário ou pensão por morte.


Quem tem direito ao BPC?


Para receber o benefício, é necessário cumprir dois critérios principais:


✔ Baixa renda: a renda por pessoa da família deve ser de até 1/4 do salário mínimo (atualmente, R$ 379,50).
✔ Condição pessoal: ter 65 anos ou mais, ou deficiência física, mental, intelectual ou sensorial que limite a autonomia ou a integração social.


Principais doenças e condições que dão direito ao BPC


O conceito de “deficiência” no BPC é amplo, e vai além de limitações físicas visíveis. Veja algumas das condições mais comuns que já garantiram o benefício na prática:


  • Transtorno do Espectro Autista (TEA) – inclusive em crianças
  • Paralisia cerebral
  • Síndrome de Down
  • Esquizofrenia ou transtornos psicóticos graves
  • Deficiência intelectual (leve a profunda)
  • Doença de Alzheimer ou Parkinson em estágio avançado
  • Cegueira ou surdez total/parcial com impacto na autonomia
  • Deficiências motoras permanentes
  • Doenças neuromusculares degenerativas
  • Doenças crônicas com sequelas incapacitantes (ex.: AVC, esclerose múltipla, lúpus, hanseníase, entre outras)


⚠️ Cada caso é analisado individualmente. O importante não é o nome da doença, mas o impacto funcional que ela gera na vida da pessoa.


Crianças com autismo têm direito ao BPC?


Sim. O Transtorno do Espectro Autista (TEA), mesmo nos graus leves, pode dar direito ao BPC, desde que fique comprovado que:


  • Há limitações significativas na interação, comunicação ou autonomia, e
  • A família está em situação de baixa renda.


Laudos médicos, pareceres de profissionais da saúde e relatórios escolares são fundamentais para demonstrar o impacto do transtorno na vida da criança.


Como solicitar o BPC (LOAS)?


O pedido pode ser feito pelo site ou aplicativo Meu INSS, com cadastro atualizado no CadÚnico.


Mas atenção: o processo costuma envolver exigências técnicas, laudos bem fundamentados e, em muitos casos, respostas negativas sem justificativa adequada.


Por que procurar orientação jurídica?


O acompanhamento jurídico pode acelerar o processo, evitar erros e aumentar significativamente suas chances de sucesso.


  • Análise da documentação médica e social
  • Preparo para entrevista e perícia do INSS
  • Ajuizamento de ações judiciais, quando o pedido é negado injustamente


Muitos pedidos só são deferidos após decisão judicial. E nesses casos, o papel do advogado é decisivo.


Você pode ter esse direito e ainda não sabe


Se você:


  • Tem mais de 65 anos e vive com renda baixa;
  • É pai, mãe ou responsável por criança com deficiência, como autismo;
  • Ou conhece alguém que tenha uma condição incapacitante e não tem outra fonte de renda…


Talvez o BPC já pudesse estar sendo recebido há tempos. O primeiro passo é buscar orientação qualificada.


Conclusão: seu direito pode estar mais perto do que você imagina


Muitas pessoas deixam de receber o BPC por falta de informação, medo da burocracia, ou por já terem tentado e recebido um “não” injusto.


Nesses casos, é fundamental contar com alguém que entenda o processo, conheça a jurisprudência e possa te orientar com segurança e seriedade.


Se você se identifica com alguma das situações acima, entre em contato. Podemos conversar e analisar o seu caso com total sigilo e responsabilidade.

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